1º feminicídio de Santa maria

Companheiro é indiciado por matar mulher de 30 anos a facadas

Michelli Taborda

A Polícia Civil de Santa Maria concluiu o inquérito que investigava o assassinato de uma mulher de 30 anos, ocorrido em 4 de março deste ano. Conforme as investigações da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), o inquérito foi finalizado no dia 20 de março e remetido à Justiça. 

Pedro Silva de Mello, 56 anos, foi indiciado pelo crime de feminicídio, após a morte da companheira dele, Quelen de Medeiros da Rosa. Ele estava preso desde o dia 13 de março, depois que foi encontrado escondido em uma casa no interior de Jari. O homem não reagiu à prisão e foi encaminhado para a delegacia de Tupanciretã. Em depoimento, o suspeito negou a autoria do crime e afirmou que Quelen teria sido atingida por golpes de faca enquanto os dois brigavam. 

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Logo após ser ouvido, ele foi recolhido ao Presídio Estadual de Júlio de Castilhos. Depois, foi transferido à Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm), onde permanece preso. Agora, fica a cargo do Ministério Público a decisão pela denúncia do suspeito ou arquivamento do caso.

O CRIME  
O caso aconteceu por volta da 1h30min do dia 4 de março na casa onde a vítima morava, no Bairro Nova Santa Marta. De acordo com testemunhas, Quelen teria saído gritando por socorro de dentro de casa com ferimentos de golpe de facas na região do peito e das costas. O principal suspeito seria seu companheiro, que estaria no local e teria fugido em seguida levando com ele a filha do casal, uma menina de 2 anos. A criança foi encontrada no outro dia na casa de familiares.   

Conforme a delegada Elizabete Shimomura, que investiga o crime, havia registro de três ocorrências de lesão corporal por parte do companheiro contra a vítima: uma em 2003 e outras duas em 2018. 

Esse foi o primeiro caso de feminicídio deste ano registrado em Santa Maria.  

Foto: Renan Mattos (Diário)
Filha caçula de Quelen está sob os cuidados de uma das filhas do suspeito

Quelen foi uma das personagens retratadas na reportagem especial do Diário do dia 23 de março que falou sobre os dois casos de feminicídio registrados neste ano em Santa Maria. Conforme relatos dos vizinhos, Quelen e o companheiro mantiveram um relacionamento desde a adolescência dela. Uma tia contou, ainda, que ela foi criada pela avó paterna, já que, aos 2 anos, a mãe foi embora e nunca mais voltou. Nem no dia do velório apareceu. Após a morte da avó, ela teria começado o primeiro e único namoro. 

Conhecidos que não quiseram ter o nome identificado na matéria disseram que, no domingo que antecedeu a morte, o casal havia passado por algumas casas vendendo produtos de uma cesta básica que haviam ganhado. Quelen foi morta na madrugada da segunda-feira do dia 4 de março. No sábado, ela teria ido até a casa da madrinha da filha pedindo leite. Ela também era mãe de outro filho de 14 anos, que atualmente mora com uma tia. A caçula está sob os cuidados de uma das filhas do primeiro casamento do seu companheiro. 

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